quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Carros Blindados

Antes de comprar verifique
  • Procure bolhas e descascados nas películas que cobrem o vidro blindado, que não podem exceder a 1 centimetro quadrado. Trincas de até 5 centimetros de comprimento na parte externa são aceitáveis. Se for na parte interna, tem de trocar

  • A blindagem representa um peso extra entre 120 e 170 quilos, em média. Isso significa que amortecedores e freios podem estar mais desgastados que o normal ou até no fim da vida útil.

  • Para não abrir nunca as janelas, o ar-condicionado precisa estar em ordem. Cheque a eficiência do sistema.

  • Quanto ao nível de proteção, mais de 95% das blindagens do Brasil é do tipo III-A, para munição até 9 milimetros e Magnum .44, suficiente para resistir a toda arma de mão. A de nível II suporta até 9 milimetros e .357 Magnum.

  • Descubra se há aros metálicos nas rodas (dentro dos pneus), que permitem ao motorista dirigir por mais de 15 quilometros com pneus vazios. Com certeza esse carro vale mais. Cheque no certificado ou na própria blindadora.

  • Uma tira de aço sobreposta impede que a bala entre no carro pelo espaço entre o vão da porta e o batente. Essa tira de reforço é chamada de overlap ou frame. Confira com a blindadora se seu carro tem.

  • Como o carro é todo desmontado para a blindagem, pode haver peças de acabamento soltas. Um test-drive pode denunciar ruídos de peças mal colocadas. Confira se as borrachas de vedação estão perfeitas, para evitar futuras infiltrações.

  • Pergunte à empresa que blindou o carro se ela protegeu maçanetas, ancoragem do cinto e fixação do retrovisor, áreas que nem sempre são blindadas. Qualquer lugar desprotegido pode ser um ponto de entrada para uma bala.

  • Descubra se todas as partes opacas estão protegidas com chapas de aço ou manta balística. Empresas menos cuidadosas não blindavam colunas, a divisão entre motor e cabine e a separação entre porta-malas e banco traseiro.

  • Teste todos os botões do vidro elétrico. Com o excesso de peso, alguns podem deixar de funcionar.

  • Dê preferência aos automáticos, modelos mais valorizados no mercado, que apresentam maior liquidez e recomendados em casos de emergência, pois não há risco de deixar o carro morrer numa fuga.
    Para durar mais

  • Nunca feche a porta com a janela aberta, pois há o risco de o vidro trincar.

  • Não deixe as portas aberta mais do que o tempo necessário para entrar ou sair. O excesso de peso pode desalinhá-las.

  • Nunca ande com o vidro aberto em estrada de terra. A trepidação pode rachá-lo.

  • Use apenas uma flanela, água e sabãoneutro para limpar a parte de dentro dos vidros. A película interna pode se riscar ou se soltar com produtos abrasivos ou solventes. Também tome cuidado com anéis ou crianças com brinquedos.

  • Fuja da travessia de ruas alagadas. Se o carro ficar preso na água, a manta balística pode ser afetada pela umidade, o que reduz seu poder de proteção.

    Níveis de proteção
    NívelArmas e calibresVendas no Brasil
    I
    II-A
    II
    .22, .32 e .38
    9 mm
    .357 Magnum
    Menos de 10%
    III-A.44 MagnumMais de 90%
    IIIFuzis AK-47 e AR-15Uso restrito
    IVFuzis e rifles com munição perfuranteSó com autorização especial


     
  • Blindagem é a tecnologia utilizada especialmente em veículos para a proteção pessoal contra armas de fogo. Criada para a guerra, a inovação em pouco tempo alcançou centros urbanos de países com altos índices de violência, como o Brasilou a Colômbia. Para blindar um carro é necessário uma autorização do Exército e apresentar certidão negativa de antecedentes criminais.
    Um Comboio (Trem) blindado é um comboio protegido com uma blindagem . Geralmente são equipados com vagões de artilharia e de metralhadoraemcima.Eles eram utilizadas durante o século 19 e início do século 20, quando ofereceram uma forma inovadora de se deslocar rapidamente grandes quantidades de fogo na posição.Seu uso foi interrompido porque os veículos rodoviários modernos tornou-se muito mais poderosa e mais flexibilidadeoferecida, e porque os trens blindados eram muito vulneráveis à faixa desabotagem, bem como os ataques do ar.

    História

    Trens blindados foram utilizados durante o século 19 na Guerra Civil Americana(1861-1865), a guerra franco-prussiana (1870-1871), a Primeira e a Segunda Guerra dos Bôeres (1880-81 e 1899-1902), e durante os 20 século na Revolução Mexicana (1910-1920), a Primeira (1914-1918) e a Segunda Guerras Mundiais (1939-1945) ea Primeira Guerra da Indochina (1946-1954). O uso mais intensivo de trens blindados foi durante a Guerra Civil Russa (1918-1920).
    Em 1904, os trens blindados foram utilizados pela Rússia durante a Guerra Russo-Japonesa.
    1) A Indústria nacional
    O rompimento do Acordo Militar Brasil-Estados Unidos em 1977, pelo governo Geisel e a criação em 1º de junho de 1977 da IMBEL – Indústria de Material Bélico do Brasil, que absorveu todas as Unidades fabris do Exército, com exceção dos Arsenais de Guerra do Rio, São Paulo e de General Câmara, os quais passaram a ficar subordinados à Diretoria de Recuperação, pertencente ao Departamento de Material Bélico, foram fatores que ajudaram no desenvolvimento de veículos blindados no Brasil.
    A partir de 1980, os Arsenais utilizaram seus potenciais fabris e recursos para repotencialização, transformação e adaptação do material bélico brasileiro; nacionalização de componentes importados; fabricação de peças e de material bélico. Além disso, cooperaram com a indústria civil no estudo, pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, inclusive na fabricação de protótipos. Porém, poucas indústrias brasileiras cresceram e conseguiram ganhar renome internacional 
    O grupo ENGESA – Engenheiros Especializados S/A – criado em 1963 na cidade paulista de Santo Amaro, começou suas atividades como uma simples oficina dedicada à adaptação de tração total a pequenas e médias viaturas de emprego civil. Era composto por 15 empresas, dentre as quais se destacava a ENGESA VIATURAS, localizada em São José dos Campos, SP. Produzia os blindados sobre rodas EE 9 CASCAVEL (que equipa os nossos Esquadrões de Cavalaria Mecanizados, estrategicamente distribuídos pelo Brasil) e o EE 11 URUTU (recentemente empregado para integrar a missão de Força de Paz da ONU no transporte das tropas Brasileiras).
    O CASCAVEL pesa 13,4 toneladas. Possui motor diesel Mercedes Benz que lhe proporciona velocidade de até 100 Km/h em estradas e autonomia de 750 Km. Apresenta tração nas 6 rodas e pneus podendo ser montados com uma câmara alveolar que lhe permite realizar deslocamentos de até 50 Km com os pneus vazios, ou perfurados por projétil. É operado por uma tripulação de 4 homens e é dotado de um canhão 90 mm e uma metralhadora 7,62 mm. 
    O URUTU, veículo anfíbio com capacidade para transportar 9 homens armados e equipados, é dotado de motor diesel Mercedes Benz com autonomia de 600 Km por estrada. Pesa 14 toneladas e atinge a velocidade de 100 Km/h (pode ser encontrado na versão ambulância, comando, comunicações, transporte de cargas gerais e de munições).
    Esses foram os carros mais vendidos por essa empresa. Sua exportação passou da casa dos 6.000 veículos, enviados para mais de 27 países da América Latina à África, do Oriente Médio à Europa. A ENGESA produzia também o EE 3 JARARACA, blindado leve 4x4, para reconhecimento, utilizado pelo Iraque, Colômbia e Venezuela. Produzia ainda, caminhões de múltiplo emprego para fins militares, bem como um utilitário JEEP, nas versões civil e militar.
    Os últimos produtos foram:
    a)Carro de combate EE-T1 OSÓRIO – blindado sobre lagartas, pesando 41 toneladas; dotado de canhão de 105 ou 120 mm; suspensão hidropneumática; sistema de controle de tiro computadorizado e giro-estabilização da torre. Infelizmente, não passou da fase de protótipo, mesmo tendo vencido uma concorrência internacional com blindados americanos (M1 ABRAHAMS), ingleses (CHALLENGER),

    c. A evolução dos Carros de Combate no Brasil
    Durante a Revolução de 1930, o Rio Grande do Sul idealizou construir três blindados sobre lagartas, os quais foram batizados com os nomes de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul. Porém, não se tem notícias da utilização dos mesmos em combate. Ainda, em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, os paulistas construíram o famoso “trem blindado” e as “bombardas”, caminhões cobertos por chapas de aço.
    Em 1938, regressava ao Brasil, depois de ter observado o desenvolvimento das operações de guerra na Abissínia, então ocupada pelas tropas italianas, o General Waldomiro Castilho de Lima. A conselho deste chefe, o governo brasileiro decide substituir os velhos RENAULT FT-17, já obsoletos, por carros de combate FIAT-ANSALDO CV 3/35 – de origem italiana – que operaram, com relativo sucesso, no terreno montanhoso em que se desenvolveu a Guerra Civil Espanhola e nas terras áridas da Etiópia
    Este carro de 3,85 toneladas, motor de 4 cilindros e 40 HP, capaz de atingir uma velocidade de 40 Km/h, equipado com duas metralhadoras Breda de 13 mm, foi oficialmente apresentado às autoridades brasileiras na parada de 7 de setembro de 1938, formando assim a 1ª Unidade mecanizada de Cavalaria brasileira: o Esquadrão de Auto-Metralhadoras – sob o comando do Cap Paiva Chaves. Mais tarde, viria a se constituir no Centro de Instrução de Motomecanização, embrião da nossa atual EsMB.
    Durante a 2ª Guerra Mundial, começou a transferência de armamentos para o Brasil, com o recebimento, em 1943, dos primeiros carros médios americanos “GRANT”. Esses CC haviam sido também fornecidos aos ingleses e aos russos, que os utilizaram em diversas frentes contra os alemães e italianos. Eram armados com canhão de 75 mm e duas metralhadoras, tinham guarnição de 4 homens e alcançavam velocidades de até 40 Km/h.
    Pouco depois, chegaram os SHERMAN M-4, dotados de maior potência e mobilidade, tendo sido o carro de combate padrão do Exército americano, com guarnição de 5 homens, canhão de 75 mm e alcançando velocidade de 50 Km/h.
    Vieram ainda os carros de combate leves M-3 e M2A1 STUART, os quais passaram a integrar o Regimento de Reconhecimento Mecanizado, de Campinho, atual 15º R C Mec. Eram tripulados por 4 homens, possuíam motor continental de 250 HP, eram equipados com canhão de 37 mm e três metralhadoras, e desenvolviam velocidades de 56 Km/h.
    Após a 2ª Guerra Mundial, o Brasil possuía blindados SHERMAN (num total de 80), diversos M-8 com motor diesel Mercedes Benz OM-32 de 6 cilindros, 250 (duzentos e cinqüenta) M-3 A1 STUART, além de aproximadamente 30 (trinta) carros GRANT. Esses carros passaram a equipar diversas Unidades, principalmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, operando na década de 50.
    Com a assinatura, em outubro de 1959, do Acordo Militar Brasil-Estados Unidos, conhecido como acordo de Fernando de Noronha, decidiu o Estado Maior do Exército que as Unidades blindadas deveriam ter todo seu material motorizado, de comunicações e grande parte de seu armamento substituído por outros mais atualizados, oriundos dos Estados Unidos. 
    Menos de um ano depois, desembarcava no porto do Rio de Janeiro o mais moderno material blindado existente na América do Sul. Em 1960 chegavam os primeiros tanques M-41 WALKER-BULDOG, equipados com um motor continental de 500 HP (à gasolina) e com um canhão de 76 mm.
    Após a revolução de 1964, chegaram ao Brasil mais 300 (trezentos) M-113, equipados com motor Crhysler à gasolina para transporte de tropas e 50 obuseiros M-108, com capacidade de transpor vau de até 1,06 m e equipados com canhões de 105 mm e uma metralhadora .50.
    Chegou também uma certa quantidade de veículos M-578, com um motor DETROIT 8V 71T de dois tempos à diesel, que lhe garantia uma autonomia de 724 Km . Esse carro possui ainda uma lança com capacidade de içar até 13 toneladas e um guincho com capacidade de tração até 32.461 Kg, ambos operados hidraulicamente. Pronto para o combate pesa cerca de 24.300 Kg e constitui-se em uma verdadeira oficina ambulante.
    Com a chegada desses novos materiais, foi permitido ao Exército reequipar suas Unidades blindadas e mecanizadas, bem como reequilibrar a balança do poder terrestre na América do Sul, fortemente inclinada para Buenos Aires durante a década de 60. Foi durante esta década que a indústria nacional deu seus primeiros passos para absorver a moderna tecnologia de veículos de combate.

    Evolução de Blindados
    A guerra sempre foi um fenômeno da história da humanidade, em que uma nação ou grupo de nações, por meio da violência, procurou impor sua vontade sobre a outra.
    Vários processos e instrumentos de combate foram surgindo com o decorrer da evolução das civilizações.
    A natureza não legou ao ser humano condições favoráveis ao combate, porém legou-lhe a inteligência, que o fez dominar a própria natureza, as demais espécies do planeta e civilizações menos evoluídas.
    Desde a pré-história, uma série de engenhos foram inventados com objetivos bélicos, até chegarmos aos atuais carros de combate modernos.
    A seguir, existe uma rápida retrospectiva da história, do que foi usado com o propósito de aumentar a mobilidade, a proteção e o poder de destruição dos combatentes, no mundo e no Brasil.
    II. DESENVOLVIMENTO
    a. O surgimento dos Carros de Combate
    O homem, desde que se viu obrigado a abandonar as cavernas e lutar pela sobrevivência, pensou em se proteger contra o adversário, não só para defender sua vida, como também para melhor atacá-lo. Assim surgiram os primitivos escudos, inicialmente, de pele de animais e madeira, passando depois, a ser feitos de metal.
    Até o início deste século, a evolução da arma blindada, tanto no que se refere aos seus engenhos quanto à parte tática, processou-se muito lentamente.
    Foi durante a 1ª Guerra Mundial - caracterizada pela “guerra de posição” (surgida graças à efetividade alcançada pelo fuzil de repetição, pela metralhadora e pela artilharia, aliados à combinação dos obstáculos nas posições fortificadas) - que praticamente nasceu a necessidade de estabelecer a mobilidade no campo de batalha.
    Porém, essa mobilidade só seria alcançada se fosse vencida a defesa inimiga em seu conjunto (fuzileiro, projétil, obstáculos e terreno). Era necessário,, então, dispor-se de um meio de combate blindado à prova de projetis, com capacidade de se deslocar fora dos “caminhos” e sobre o campo de batalha,, dispondo ainda de um adequado poder de fogo.
    Em conseqüência, cada país participante concentrou seus esforços na pesquisa e desenvolvimento de tal engenho. O resultado foi o primeiro “carro de combate”, empregado pela primeira vez em 15 de setembro de 1916, na batalha de SOMME, pelos ingleses, com a denominação de “tank”, que persiste até hoje.
    Na 1ª Guerra Mundial os carros, apesar de ainda em fase embrionária, foram largamente empregados em batalhas (CAMBRAI, em novembro de 1917 e AMIENS, em agosto de 1918) nas quais participaram cerca de 400 a 600 carros de combate, com resultados altamente satisfatórios.
    Ao término do conflito chegava-se a várias conclusões sobre os carros de combate, tais como:
    1) Sua eficiência tática era resultado da reunião, num só equipamento, de 03 (três) características :
    -Mobilidade;
    -potência de fogo e
    -proteção blindada.
    2) Sua forma proeminente e sua lentidão, o tornava alvo vulnerável e de difícil ocultação.
    3) Embora capaz de penetrar nas bem organizadas posições defensivas inimigas (trincheiras e espessos rolos de arame farpado), seu ataque tinha pouca profundidade, devido ao seu pequeno raio de ação (autonomia).
    A partir daí, alguns países envolvidos em guerras dedicaram-se a uma verdadeira corrida tecnológica, a fim de fabricar e aperfeiçoar seus carros de combate e superarem seus opositores, o que proporcionou um considerável desenvolvimento no setor.
    b. O 1º Carro de Combate do Brasil
    A idéia de se introduzir esta nova arma no Exército Brasileiro surgiu logo após o término da 1ª Guerra Mundial, ocasião em que o Exército passou a sofrer influência militar francesa, com a vinda da Missão Militar Francesa ao Brasil e devido a um pequeno número de oficiais terem participado como “observadores” no Exército Francês . Dentre esses, pode-se destacar o Cap de Cavalaria José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, precursor na introdução dos blindados no Brasil. Seus primeiros estudos de motorização e mecanização foram realizados na Escola de Carros de Combate de Versalhes, sendo depois incorporado ao Regimento de Dragões 503. Foi o Cap José Pessoa quem idealizou a 1º Unidade de CC no Brasil.
    Pioneiro na América do Sul na aquisição de blindados, o Brasil assistiu à chegada, em 1921, dos carros de assalto RENAULT FT-17 (FT – carro leve), de origem francesa e à criação da Companhia de Carros de Assalto, na Vila Militar, na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal.
    O Brasil adquiriu 12 exemplares do RENAULT FT-17, pesando 6,5 toneladas, que atingiam a velocidade de 7,7 Km/h, equipados com um canhão de 37 mm e com uma metralhadora de 8 mm e tripulação de 2 homens.
    A primeira aparição pública dos RENAULT FT-17 foi feita em desfile militar, onde o Exército homenageava o Rei Alberto da Bélgica, em visita ao Brasil no ano de 1921.
    Estava lançada a semente da nova e importante arma no Brasil.